TEMA: Brasil Período
Regencial
Nossa aula foi:
8ºA e B,sexta-feira,
22 de agosto de 2025 .EIXO TEMÁTICO
O Brasil no século XIX.
HABILIDADES
(GO-EF08HI15-A) Definir o conceito de nação e refletir sobre o processo de Independência do Brasil, analisando contradições, interesses e significados desses movimentos para a construção da nação.
OBJETIVOS DE CONHECIMENTOS
Brasil: Primeiro Reinado:
CONTEÚDO
O Período Regencial e as contestações ao poder central
METODOLOGIA:
Os objetivos da aula são:
Compreender o contexto político e social do Período Regencial.
Identificar as principais revoltas ocorridas entre 1831 e 1840.
Comparar as causas, os participantes e as consequências dos movimentos sociais.
Desenvolver habilidades de leitura, síntese e exposição oral.
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de aula:
Organizar a sala em 5 estações de trabalho: cada estação representa uma revolta do período (Malês, Cabanagem, Balaiada, Sabinada, Farroupilha).
Distribuir o texto-base em partes: cada estação recebe a parte referente à sua revolta com perguntas-guia.
Espera-se dos alunos: perceber que as revoltas nasceram de desigualdades sociais, insatisfações regionais e disputas políticas; que reuniram atores sociais diferentes (escravizados, pobres, elites, militares, liberais); que buscavam mudanças na política, na economia ou na vida social; mas que, em geral, resultaram em repressão e pouca transformação real, reforçando a imagem de instabilidade do Período Regencial.
Formar grupos de alunos:
Cada grupo passa 8 a 10 minutos em uma estação lendo o trecho e respondendo coletivamente às perguntas.
Após o tempo, os grupos rotacionam para a próxima estação até percorrerem todas.
Perguntas-guia nas estações:
1. Quais foram as causas?
Período Regencial: instabilidade política devido à abdicação de D. Pedro I e à menoridade de D. Pedro II.
Revolta dos Malês: discriminação religiosa, escravidão, imposição do catolicismo e miséria.
Cabanagem: centralização do poder pelos regentes, pobreza da população ribeirinha, insatisfação de elites agrárias locais.
Balaiada: desigualdade social, opressão sobre camadas populares, conflitos entre grupos políticos liberais e conservadores.
Sabinada: baixos salários dos militares, oposição ao envio de tropas para o Sul, desejo de maior participação política.
Farroupilha: impostos sobre o charque argentino, insatisfação das elites agrárias gaúchas.
2. Quem participou?
Malês: escravizados africanos muçulmanos.
Cabanagem: pobres, indígenas, negros, mestiços e parte das elites agrárias locais.
Balaiada: vaqueiros, agricultores pobres, escravizados e grupos liberais (Bem-te-vis).
Sabinada: militares, liberais urbanos, setores da população de Salvador.
Farroupilha: estancieiros (elites agrárias gaúchas).
3. O que os revoltosos reivindicavam?
Malês: liberdade, respeito à religião islâmica, fim da escravidão.
Cabanagem: descentralização política, melhores condições de vida, autonomia local.
Balaiada: justiça social, fim da opressão das elites, reformas políticas.
Sabinada: melhores salários para militares, maior participação política, autonomia regional.
Farroupilha: redução de impostos sobre o charque, autonomia provincial, em alguns momentos independência.
4. Quais foram as consequências?
Malês: movimento reprimido, líderes punidos, fortalecimento do controle sobre escravizados.
Cabanagem: repressão violenta, milhares de mortos, enfraquecimento político das camadas populares.
Balaiada: repressão, manutenção do poder das elites, instabilidade social na região.
Sabinada: repressão rápida, derrota dos revoltosos, aumento da vigilância sobre militares e civis.
Farroupilha: conflito longo (10 anos), tratados de paz, concessões parciais às elites gaúchas (como integração de oficiais farroupilhas ao Exército Imperial).
Encerrar com uma roda de conversa: sistematizar no
quadro um esquema comparativo entre as revoltas (causas → participantes →
reivindicações → consequências).
Material didático: Seduc GO, Goiás TEC 8º ano, Terceiro
Bimestre.
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA🎒
Produzir um quadro comparativo individual com duas revoltas, destacando semelhanças e diferenças entre elas.
Questão reflexiva: “Por que o Período Regencial é considerado uma fase de instabilidade política no Brasil?”
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA FLEXIBILIZADA🎒
Atividade simplificada com lacunas e associações:
1. A Revolta da ______ (Malês / Farroupilha) ocorreu na Bahia e foi liderada
por escravizados muçulmanos.
2. A Revolta ______ (Cabanagem / Balaiada) ocorreu no Pará e contou com a
participação de pobres, negros e indígenas.
3. O Golpe da ______ (Maioridade / Abdicação) levou D. Pedro II ao trono com
apenas 14 anos.
4. A Revolta ______ (Sabinada / Malês) ocorreu em Salvador e foi liderada
por liberais e militares insatisfeitos.
5. A Revolta ______ (Farroupilha / Cabanagem) aconteceu no Rio Grande do Sul
e foi liderada pelas elites agrárias contra os impostos do charque.
6. A Revolta ______ (Balaiada / Sabinada) ocorreu no Maranhão e teve a
participação de vaqueiros, agricultores pobres e escravizados.
7. D. Pedro I abdicou do trono em ______ (1831 / 1840), deixando o poder
para seu filho de apenas 5 anos.
8. Durante o Período Regencial, o Brasil foi governado por ______ (regências
/ presidentes) até a maioridade de D. Pedro II.
Gabarito
1. Malês
2. Cabanagem
3. Maioridade
4. Sabinada
5. Farroupilha
6. Balaiada
7. 1831
8. regências
MATERIAL:
Brasil Período Regencial
1. O Período Regencial do Brasil foi de 1831 a 1840 e foi a época em que o Brasil foi governado por regências, pois o herdeiro do trono era menor de idade. Este período é caracterizado por momentos de grande conturbação no Brasil com várias revoltas civis. Termina com o Golpe da Maioridade que levou ao trono D. Pedro II aos catorzes anos de idade. Dom Pedro I enfrentava vários problemas internos como falta de apoio das elites econômicas e externos, como a derrota na Guerra da Cisplatina. Além disso, com a morte de Dom João VI, em Portugal, ele havia sido aclamado D. Pedro IV de Portugal. Neste momento em que o imperador perde a sua popularidade, decide abdicar ao trono brasileiro. Nessa altura, porém, o seu herdeiro, D. Pedro II, não podia governar, pois tinha 5 anos de idade. A solução, prevista pela Constituição de 1824, era formar uma Regência até que D. Pedro II atingisse a maioridade.
2.
Abre-se uma época de grande disputa de poder e instabilidade política que dão
origem a uma série conflitos:
2.1 Revolta dos Malês (1835): revolta de escravos ocorrida na Bahia, comandada por escravos de origem malê que seguiam a fé islâmica. Lutavam contra a discriminação, pela liberdade, contra a imposição do catolicismo e contra a miséria.
2.2 Cabanagem (1835 – 1840): revolta que aconteceu no Pará, composta de pobres, indígenas, negros e mestiços que viviam em cabanas próximas dos rios. Em certa medida, contou com o apoio das elites agrárias locais, insatisfeitas com a centralização política promovida pelos regentes. Foi enfraquecida pela falta de organização interna e pelas traições dentro do núcleo de poder cabano.
2.3 Balaiada (1838 – 1841).: revolta que ocorreu no Maranhão, composta de vaqueiros, agricultores pobres e escravos. Teve a participação de grupos liberais conhecidos como Bem-te-vi, nome dado ao jornal liberal publicado na província. Foi um movimento descentralizado e desorganizado, mas que teve impacto na região.
2.4 Sabinada (1837 – 1838): revolta ocorrida na Bahia, comandada por liberais que chegaram a tomar a cidade de Salvador. Entretanto, algumas de suas propostas não foram bem vistas pelas elites agrárias locais (como a libertação dos escravos) e o movimento acabou tendo curta duração. As reivindicações eram os baixos salários dos militares e a insatisfação com o governo regencial, que queria enviá-los para resolver conflitos populares no Sul do país. Já o interesse por parte dos demais integrantes era ter maior participação política e mais acesso ao poder.
2.5 Farroupilha (1835 – 1845): revolta que aconteceu no Rio Grande do Sul, comandada pelas elites agrárias locais (conhecidos como estancieiros), que criticavam os baixos impostos cobrados sobre o charque argentino. Essa revolta durou dez anos e fez com que tanto o Rio Grande do Sul como Santa Catarina se tornassem repúblicas independentes.
Nossa aula foi:
8ºA e B,
O Brasil no século XIX.
(GO-EF08HI15-A) Definir o conceito de nação e refletir sobre o processo de Independência do Brasil, analisando contradições, interesses e significados desses movimentos para a construção da nação.
Brasil: Primeiro Reinado:
O Período Regencial e as contestações ao poder central
Os objetivos da aula são:
Compreender o contexto político e social do Período Regencial.
Identificar as principais revoltas ocorridas entre 1831 e 1840.
Comparar as causas, os participantes e as consequências dos movimentos sociais.
Desenvolver habilidades de leitura, síntese e exposição oral.
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de aula:
Organizar a sala em 5 estações de trabalho: cada estação representa uma revolta do período (Malês, Cabanagem, Balaiada, Sabinada, Farroupilha).
Distribuir o texto-base em partes: cada estação recebe a parte referente à sua revolta com perguntas-guia.
Espera-se dos alunos: perceber que as revoltas nasceram de desigualdades sociais, insatisfações regionais e disputas políticas; que reuniram atores sociais diferentes (escravizados, pobres, elites, militares, liberais); que buscavam mudanças na política, na economia ou na vida social; mas que, em geral, resultaram em repressão e pouca transformação real, reforçando a imagem de instabilidade do Período Regencial.
Cada grupo passa 8 a 10 minutos em uma estação lendo o trecho e respondendo coletivamente às perguntas.
Após o tempo, os grupos rotacionam para a próxima estação até percorrerem todas.
1. Quais foram as causas?
Período Regencial: instabilidade política devido à abdicação de D. Pedro I e à menoridade de D. Pedro II.
Revolta dos Malês: discriminação religiosa, escravidão, imposição do catolicismo e miséria.
Cabanagem: centralização do poder pelos regentes, pobreza da população ribeirinha, insatisfação de elites agrárias locais.
Balaiada: desigualdade social, opressão sobre camadas populares, conflitos entre grupos políticos liberais e conservadores.
Sabinada: baixos salários dos militares, oposição ao envio de tropas para o Sul, desejo de maior participação política.
Farroupilha: impostos sobre o charque argentino, insatisfação das elites agrárias gaúchas.
Malês: escravizados africanos muçulmanos.
Cabanagem: pobres, indígenas, negros, mestiços e parte das elites agrárias locais.
Balaiada: vaqueiros, agricultores pobres, escravizados e grupos liberais (Bem-te-vis).
Sabinada: militares, liberais urbanos, setores da população de Salvador.
Farroupilha: estancieiros (elites agrárias gaúchas).
Malês: liberdade, respeito à religião islâmica, fim da escravidão.
Cabanagem: descentralização política, melhores condições de vida, autonomia local.
Balaiada: justiça social, fim da opressão das elites, reformas políticas.
Sabinada: melhores salários para militares, maior participação política, autonomia regional.
Farroupilha: redução de impostos sobre o charque, autonomia provincial, em alguns momentos independência.
Malês: movimento reprimido, líderes punidos, fortalecimento do controle sobre escravizados.
Cabanagem: repressão violenta, milhares de mortos, enfraquecimento político das camadas populares.
Balaiada: repressão, manutenção do poder das elites, instabilidade social na região.
Sabinada: repressão rápida, derrota dos revoltosos, aumento da vigilância sobre militares e civis.
Farroupilha: conflito longo (10 anos), tratados de paz, concessões parciais às elites gaúchas (como integração de oficiais farroupilhas ao Exército Imperial).
Produzir um quadro comparativo individual com duas revoltas, destacando semelhanças e diferenças entre elas.
Questão reflexiva: “Por que o Período Regencial é considerado uma fase de instabilidade política no Brasil?”
Atividade simplificada com lacunas e associações:
1. Malês
Brasil Período Regencial
1. O Período Regencial do Brasil foi de 1831 a 1840 e foi a época em que o Brasil foi governado por regências, pois o herdeiro do trono era menor de idade. Este período é caracterizado por momentos de grande conturbação no Brasil com várias revoltas civis. Termina com o Golpe da Maioridade que levou ao trono D. Pedro II aos catorzes anos de idade. Dom Pedro I enfrentava vários problemas internos como falta de apoio das elites econômicas e externos, como a derrota na Guerra da Cisplatina. Além disso, com a morte de Dom João VI, em Portugal, ele havia sido aclamado D. Pedro IV de Portugal. Neste momento em que o imperador perde a sua popularidade, decide abdicar ao trono brasileiro. Nessa altura, porém, o seu herdeiro, D. Pedro II, não podia governar, pois tinha 5 anos de idade. A solução, prevista pela Constituição de 1824, era formar uma Regência até que D. Pedro II atingisse a maioridade.
2.1 Revolta dos Malês (1835): revolta de escravos ocorrida na Bahia, comandada por escravos de origem malê que seguiam a fé islâmica. Lutavam contra a discriminação, pela liberdade, contra a imposição do catolicismo e contra a miséria.
2.2 Cabanagem (1835 – 1840): revolta que aconteceu no Pará, composta de pobres, indígenas, negros e mestiços que viviam em cabanas próximas dos rios. Em certa medida, contou com o apoio das elites agrárias locais, insatisfeitas com a centralização política promovida pelos regentes. Foi enfraquecida pela falta de organização interna e pelas traições dentro do núcleo de poder cabano.
2.3 Balaiada (1838 – 1841).: revolta que ocorreu no Maranhão, composta de vaqueiros, agricultores pobres e escravos. Teve a participação de grupos liberais conhecidos como Bem-te-vi, nome dado ao jornal liberal publicado na província. Foi um movimento descentralizado e desorganizado, mas que teve impacto na região.
2.4 Sabinada (1837 – 1838): revolta ocorrida na Bahia, comandada por liberais que chegaram a tomar a cidade de Salvador. Entretanto, algumas de suas propostas não foram bem vistas pelas elites agrárias locais (como a libertação dos escravos) e o movimento acabou tendo curta duração. As reivindicações eram os baixos salários dos militares e a insatisfação com o governo regencial, que queria enviá-los para resolver conflitos populares no Sul do país. Já o interesse por parte dos demais integrantes era ter maior participação política e mais acesso ao poder.
2.5 Farroupilha (1835 – 1845): revolta que aconteceu no Rio Grande do Sul, comandada pelas elites agrárias locais (conhecidos como estancieiros), que criticavam os baixos impostos cobrados sobre o charque argentino. Essa revolta durou dez anos e fez com que tanto o Rio Grande do Sul como Santa Catarina se tornassem repúblicas independentes.
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