Aula 95 Brasil Período Regencial – Grupos Políticos

TEMA: Brasil Período Regencial – Grupos Políticos
Nossa aula foi:
8ºA e B, quarta-feira, 27 de agosto de 2025.EIXO TEMÁTICO
O Brasil no século XIX.
 
HABILIDADES
(GO-EF08HI15-A) Definir o conceito de nação e refletir sobre o processo de Independência do Brasil, analisando contradições, interesses e significados desses movimentos para a construção da nação.
 
OBJETIVOS DE CONHECIMENTOS
Brasil: Primeiro Reinado:
 
CONTEÚDO
O Período Regencial e as contestações ao poder central
 
METODOLOGIA:
Os objetivos da aula são:
Compreender a organização política durante o Período Regencial.
Identificar os principais grupos políticos e suas propostas (liberais moderados, liberais exaltados, restauradores).
Reconhecer o impacto do Ato Adicional de 1834 e da criação da Guarda Nacional.
Refletir sobre as disputas políticas e suas consequências para a consolidação do poder no Brasil.
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de aula:
Apresentar a situação-problema:
“Qual grupo político tinha a melhor proposta para o Brasil no Período Regencial: os liberais moderados, os liberais exaltados ou os restauradores?”
Esperar que os alunos:
1. Identificação das propostas de cada grupo político
a) Liberais moderados (Ximangos):
i. Defender o centralismo político da monarquia constitucional.
ii. Apoiar o Poder Moderador, mantendo a autoridade forte no governo central.
iii. Buscar estabilidade política, evitando fragmentação do Brasil.
b) Liberais exaltados (Farroupilhas):
i. Defender a federalização, com mais autonomia para as províncias.
ii. Querer o fim do Poder Moderador.
iii. Apoiar maior participação política fora do centro do poder.
c) Restauradores (Caramurus):
i. Defender a volta de D. Pedro I ao trono.
ii. Após sua morte (1834), alguns se uniram aos moderados.
iii. Representar a visão mais conservadora, de retorno à ordem anterior.
 
2. Análise crítica
a) Os alunos deverão perceber os interesses diferentes que cada grupo representava (elites do centro do país, elites provinciais, setores monarquistas).
b) Espera-se que façam comparações entre centralização e descentralização, continuidade e mudança.
c) Devem reconhecer que essas disputas geraram instabilidade política e alimentaram as revoltas regenciais.
 
3. Argumentação
a) Espera-se que, em grupo, os alunos defendam o ponto de vista do grupo político que representam no júri simulado.
b) Devem usar o texto-base como fonte de argumentos.
c) Podem apontar vantagens e fragilidades das propostas de cada grupo.
 
4. Síntese coletiva
a) Que percebam que nenhum grupo conseguiu impor sozinho sua visão; foi necessário um arranjo político (como o Ato Adicional de 1834 e o Golpe da Maioridade) para estabilizar o governo.
b) Que compreendam que a solução encontrada (maioridade de D. Pedro II) foi um acordo político para preservar a unidade nacional diante do risco de fragmentação.
 
Dividir a turma em três grupos principais:
Grupo 1: Liberais Moderados (Ximangos).
Grupo 2: Liberais Exaltados (Farroupilhas).
Grupo 3: Restauradores (Caramurus).
 
Fornecer o texto-base e pedir que cada grupo leia atentamente a parte que corresponde à sua posição.
 
Orientar os grupos a preparar uma defesa oral de sua proposta política, destacando:
Qual era sua visão de governo?
Quais mudanças defendiam?
Por que sua proposta era a melhor para o Brasil naquele momento?
 
1. Liberais Moderados (Ximangos)
a) Visão de governo:
i. Manter o centralismo político da monarquia constitucional.
ii. Apoiar o Poder Moderador como forma de equilibrar os poderes e garantir a ordem.
b) Mudanças defendidas:
i. Criar mecanismos de estabilidade (ex.: Guarda Nacional em 1831).
ii. Aproximar parte dos restauradores após 1834 para fortalecer o bloco político.
c) Por que sua proposta era a melhor:
i. Evitava a fragmentação do território.
ii. Garantia unidade nacional em meio às revoltas e crises.
iii. Representava a posição “do meio termo” entre mudanças radicais e retorno ao passado.
 
2. Liberais Exaltados (Farroupilhas)
a) Visão de governo:
i. Defender a federalização, com maior autonomia política e administrativa para as províncias.
ii. Limitar o poder central, extinguindo o Poder Moderador.
b) Mudanças defendidas:
i. Criação de Assembleias Legislativas Provinciais (concretizadas no Ato Adicional de 1834).
ii. Descentralização das decisões políticas e fiscais.
c) Por que sua proposta era a melhor:
i. Atendia aos interesses das províncias distantes do Rio de Janeiro.
ii. Promovia maior participação política regional.
iii. Evitava o autoritarismo centralizador do governo regencial.
 
3. Restauradores (Caramurus)
a) Visão de governo:
i. Apoiar o retorno de D. Pedro I ao trono, restaurando o modelo anterior.
ii. Após sua morte, unir-se aos moderados como forma de manter a ordem.
b) Mudanças defendidas:
i. Reforçar o poder monárquico central.
ii. Reduzir as propostas liberais descentralizadoras.
c) Por que sua proposta era a melhor:
i. Prometia estabilidade imediata com a volta de uma figura imperial conhecida.
ii. Era vista como solução rápida para a crise política e as revoltas.
 
Síntese esperada dos alunos
Durante a defesa oral, os alunos podem:
a) Exaltar os pontos fortes de seu grupo político, mostrando coerência entre suas propostas e a realidade do Brasil no período.
b) Criticar indiretamente os outros grupos, mostrando por que suas ideias poderiam gerar instabilidade ou não seriam eficazes.
c) Concluir que sua proposta seria a mais viável para manter a unidade do Brasil diante do risco de fragmentação territorial e das revoltas regenciais.
 
Criar um quarto grupo (júri popular), formado por alguns alunos, que fará perguntas e depois votará em qual proposta pareceu mais convincente.
 
Conduzir o júri simulado:
Cada grupo expõe sua defesa (3 minutos).
O júri faz perguntas (1 minuto por grupo).
Após a rodada, o júri vota no grupo mais convincente.
 
Fechar a atividade com uma reflexão coletiva sobre as disputas políticas da época e sua relação com a instabilidade do Período Regencial.
 
Material didático: Seduc GO, Goiás TEC 8º ano, Terceiro Bimestre.
 
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA🎒
Atividade escrita individual:
Cite os três principais grupos políticos do Período Regencial.
O que foi o Ato Adicional de 1834?
Explique o que foi o Golpe da Maioridade.
 
1. Cite os três principais grupos políticos do Período Regencial.
Liberais moderados (ximangos): defendiam o centralismo político da monarquia constitucional.
Liberais exaltados (farroupilhas): defendiam a federalização, mais poderes para as províncias e o fim do Poder Moderador.
Restauradores (caramurus): defendiam o retorno de D. Pedro I ao trono; após sua morte, muitos se uniram aos moderados.
 
2. O que foi o Ato Adicional de 1834?
Foi um conjunto de propostas de caráter liberal que modificaram a Constituição de 1824.
Criou Assembleias Legislativas Provinciais, permitindo às províncias criar impostos e administrar funcionários.
Estabeleceu que a regência seria exercida por apenas uma pessoa (Regência Una).
Primeiro regente foi o padre Antônio Feijó.
 
3. Explique o que foi o Golpe da Maioridade.
Foi uma manobra política realizada em 1840, para encerrar a instabilidade do Período Regencial.
Declarou D. Pedro II maior de idade com apenas 14 anos, antecipando sua ascensão ao trono.
Representou uma forma de conter as revoltas e consolidar o poder central, iniciando o Segundo Reinado.
 
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA FLEXIBILIZADA🎒
Atividade simplificada com lacunas e associações:
 
1. Os ______ (liberais moderados / restauradores) defendiam o centralismo político.
2. Os ______ (exaltados / caramurus) queriam mais poder para as províncias e o fim do Poder Moderador.
3. O Ato Adicional de 1834 criou as ______ (Assembleias Legislativas / Forças Armadas) nas províncias.
4. O Golpe da ______ (Maioridade / Abdicação) levou D. Pedro II ao trono com apenas 14 anos.
5. A Regência ______ (Trina Provisória / Una de Araújo Lima) foi a primeira, logo após a abdicação de D. Pedro I.
6. A Regência ______ (Trina Permanente / Una do Padre Feijó) ocorreu entre 1831 e 1834.
7. O primeiro regente uno foi o padre ______ (Antônio Feijó / Araújo Lima).
8. Os ______ (caramurus / exaltados) defendiam o retorno de D. Pedro I ao trono.
9. Após a morte de D. Pedro I, em 1834, muitos restauradores passaram para o partido dos ______ (liberais moderados / exaltados).
10.    A Guarda Nacional, criada em 1831, era formada pela ______ (elite com direito a voto / população pobre e escravizada).
 
Gabarito
1. liberais moderados
2. exaltados
3. Assembleias Legislativas
4. Maioridade
5. Trina Provisória
6. Trina Permanente
7. Antônio Feijó
8. caramurus
9. liberais moderados
10.    elite com direito a voto
 
MATERIAL:
Brasil Período Regencial – Grupos Políticos
1. O Período Regencial contou com as seguintes regências:
Regência Trina Provisória (abril a julho de 1831)
Regência Trina Permanente (1831 a 1834)
Regência Una do Padre Feijó (1835 – 1837)
Regência Una de Araújo Lima (1837 – 1840)
2. Nessa altura, havia três grupos políticos defendendo cada qual uma posição distinta de governo:
2.1 Liberais moderados (também conhecidos como ximangos): defendiam o centralismo político da monarquia constitucional;
2.2 Liberais exaltados (apelidados de farroupilhas): defendiam a federalização do governo, com mais poderes para as províncias e o fim do Poder Moderador.
2.3 Restauradores (ou caramurus): eram a favor do regresso de D. Pedo I. Após a morte deste, em 1834, vários membros entraram para partido dos liberais moderados.
3. Em 1831 foi criada a Guarda Nacional para contrabalançar o poder que o Exército tinha no governo. Este corpo armado seria integrado por cidadãos que tivessem direito a voto ou seja, a elite brasileira. desempenharia um importante papel na política brasileira.
4. Ato Adicional (1834) O Ato Adicional foi um conjunto de propostas de caráter liberal introduzidos na Constituição de 1824. Entre essas medidas podemos destacar a criação de Assembleias Legislativas Provinciais cujo deputados teriam mandato de dois anos e os governos provinciais podiam criar impostos, contratar e demitir funcionários. Também foi determinado que regência seria exercida por uma só pessoa e não três. O primeiro regente foi o padre Antônio Feijó. Fim do Período Regencial As consequências da instabilidade política são as revoltas regências ocorridas em vários pontos do Brasil como vimos acima. Com o objetivo de acabar com a desordem e agitação, que levaria à desintegração do território brasileiro, o Partido Liberal propõe que a maioridade de D. Pedro II seja antecipada. A ideia é levada à votação na Câmara, mas não é aprovada. Desta maneira, os políticos tramam o Golpe da Maioridade, declarando D. Pedro II maior de idade aos 14 anos. Um ano depois, D. Pedro começa a governar o Brasil e tem início o Segundo Reinado.

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