Aula 53 Conjuração Baiana

TEMA: Conjuração Baiana
Nossa aula foi:
8ºA, quarta-feira, 30 de abril de 2025.
8ºB, quarta-feira, 30 de abril de 2025.
 EIXO TEMÁTICO
O mundo contemporâneo: o Antigo Regime em crise.
 
HABILIDADES
(GO-EF08HI05) Explicar os movimentos e as rebeliões da América portuguesa, articulando as temáticas locais e suas interfaces com processos ocorridos na Europa e nas Américas.
(GO-EF08HI05-A) Perceber como as ideias iluministas influenciaram o sentimento anticolonial e as rebeliões da América Portuguesa, em especial as Conjurações Mineira, Baiana e a Insurreição Pernambucana.
 
OBJETIVOS DE CONHECIMENTOS
Rebeliões na América portuguesa: as conjurações mineiras e baiana:
 
CONTEÚDO
Brasil Colônia: interesses coloniais e movimentos de resistência.
 
METODOLOGIA:
Os objetivos da aula são:
Compreender o contexto histórico, causas e consequências da Conjuração Baiana.
Identificar os principais líderes e características populares do movimento.
Relacionar o movimento aos ideais iluministas e a outros acontecimentos internacionais.
Refletir sobre o papel das camadas populares na luta por liberdade e igualdade.
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de aula:
Iniciar a aula com uma Roda de Conversa para ativar conhecimentos prévios.
Perguntar aos alunos:
"Você já ouviu falar em Revolta dos Alfaiates?"
"O que você entende por liberdade e igualdade?"
Alguns alunos poderão relacionar a “Revolta dos Alfaiates” com outras revoltas que já ouviram falar (como a Inconfidência Mineira ou Revolta dos Malês), mesmo que ainda tenham informações incompletas ou confusas.
Outros talvez reconheçam o termo "alfaiate" e façam associações com ofícios ou profissões.
Expressão de valores pessoais e sociais:
Ao serem questionados sobre liberdade e igualdade, os alunos devem apresentar compreensões espontâneas, baseadas em seu cotidiano, como:
Liberdade = poder escolher, ir e vir, falar.
Igualdade = todos devem ser tratados da mesma forma, sem preconceito ou injustiça.
Alunos serão convidados a ouvir diferentes respostas e refletir sobre outras visões de mundo.
Essa troca de ideias ajuda a construir sentido coletivo para conceitos históricos.
Engajamento emocional e intelectual:
A pergunta sobre liberdade e igualdade tende a gerar envolvimento afetivo, pois são temas que tocam vivências de injustiça, discriminação ou exclusão.
O professor poderá perceber o nível de maturidade e compreensão conceitual dos estudantes, o que servirá para ajustar a condução da aula.
Dividir os alunos em grupos e distribuir diferentes trechos do texto.
Tarefa: Cada grupo deve:
Ler seu trecho.
Destacar as palavras-chave.
Elaborar um resumo ilustrado com desenhos, símbolos ou colagens.
Apresentar o trecho ao restante da turma.
Tema 1 – Introdução e Características Gerais da Revolta - Trecho: Parágrafo 1
Conteúdo: Nomes da revolta (Conjuração Baiana, Revolta dos Búzios, Inconfidência Baiana, Revolta dos Alfaiates)
Objetivos: república, fim do pacto colonial, liberdade e igualdade
Composição popular: escravos, negros livres, mulatos, brancos pobres etc.
Destaques esperados: Separatismo, abolição da escravidão, participação popular.
Tema 2 – Causas da Conjuração Baiana
Trecho: Parágrafo 2
Conteúdo:
Mudança da capital para o RJ
Aumento de impostos e carestia
Influências externas: Independência dos EUA, Haiti e Revolução Francesa
Destaques esperados: Crise econômica, opressão portuguesa, ideias iluministas.
Tema 3 – Desenvolvimento da Revolta
Trecho: Parágrafo 3
Conteúdo:
Ação nas ruas de Salvador
Distribuição de folhetos e propaganda
“Princípios franceses” segundo as autoridades
Destaques esperados: Mobilização popular, uso da imprensa, ideais de liberdade.
Tema 4 – Principais Líderes da Revolta
Trecho: Parágrafo 4
Conteúdo:
João de Deus, Manuel Faustino, Cipriano Barata, Lucas Dantas, Luiz Gonzaga, João Ladislau, Francisco Barreto
Profissões: alfaiates, médico, soldados, farmacêutico, professor
Destaques esperados: Liderança popular, diversidade de profissões, resistência.
Tema 5 – Repressão e Fim da Revolta
Trecho: Parágrafo 5
Conteúdo:
Denúncia, prisão e condenações
Execuções e esquartejamento dos líderes
Intimidação pública
Destaques esperados: Violência da repressão, punição exemplar, luta reprimida.
Com ajuda da turma, montar na lousa ou em cartolina a linha do tempo da Conjuração Baiana, destacando:
Causas.
Desenvolvimento.
Principais líderes.
Repressão.
Os alunos serão desafiados a compreender e estabelecer uma ordem lógica dos eventos principais da Conjuração Baiana.
Espera-se que identifiquem o que foi causa, acontecimento central e consequência.
Espera-se que os estudantes trabalhem em equipe, decidindo juntos o que escrever, como representar visualmente e onde posicionar os elementos na linha do tempo.
Alunos mais tímidos podem contribuir com escrita, ilustração ou colagem.
A atividade exige que os alunos resumam as informações sem perder o sentido, focando nas partes essenciais:
Ex: “Influência da Revolução Francesa”, “Distribuição de folhetos”, “Execução dos líderes”.
A construção pode incluir desenhos, cores, símbolos (como balança para justiça, correntes para escravidão, búzios como símbolo do movimento etc.), o que desenvolve múltiplas linguagens na aprendizagem.
Ao transformar os conteúdos textuais em elementos visuais dispostos numa linha do tempo, os alunos concretizam e fixam o aprendizado de maneira duradoura e significativa.
O professor poderá avaliar o nível de compreensão e de articulação histórica dos alunos, além de perceber dificuldades conceituais ou de expressão.
Simular um tribunal para discutir se os líderes da Conjuração Baiana foram injustamente condenados.
Grupos se dividirão entre acusação e defesa.
Professor atuará como mediador.
Incentivar uso de argumentos históricos.
Para construir seus argumentos, os grupos deverão retomar informações do texto, como:
Quem eram os líderes?
Quais seus objetivos?
O que os motivou?
Como foram punidos?
Material didático: Seduc GO, Goiás TEC 8º ano, Segundo Bimestre, Capítulo 1.
 
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA🎒
Aplicar um pequeno questionário com perguntas dissertativas e de múltipla escolha, tais como:
1. Quais eram os objetivos da Conjuração Baiana?
Resposta esperada:
Fim do pacto colonial com Portugal;
Implantação da República;
Liberdade comercial;
Liberdade e igualdade entre as pessoas;
Abolição da escravidão.
 
2. Quais grupos sociais participaram do movimento?
Resposta esperada:
Escravos, negros livres, mulatos, brancos pobres e mestiços;
Profissionais como alfaiates, sapateiros, pedreiros, soldados, pequenos comerciantes, entre outros.
3. Cite dois líderes do movimento.
Resposta esperada (quaisquer dois dos abaixo):
João de Deus do Nascimento (alfaiate);
Manuel Faustino dos Santos Lira (alfaiate);
Cipriano Barata (médico);
Lucas Dantas (soldado);
Luiz Gonzaga das Virgens (soldado);
João Ladislau de Figueiredo (farmacêutico);
Francisco Barreto (professor).
 
4. Qual a diferença entre a Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira?
Resposta esperada:
A Conjuração Baiana teve caráter popular, com ampla participação de pessoas pobres, escravizadas e mestiças, além de defender a abolição da escravidão;
Já a Inconfidência Mineira teve caráter elitista, liderada por membros da elite mineira, sem reivindicações abolicionistas.
 
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA FLEXIBILIZADA🎒
Entregar atividade com:
Perguntas com alternativas ilustradas (por imagens ou símbolos).
Frases incompletas para completar com palavras-chave retiradas de um banco de palavras.
Uso de texto adaptado com frases curtas e vocabulário simplificado.
Exemplos:
Quem participou da revolta?
Reis e nobres Escravos e alfaiates
A revolta queria:
Mais impostos Igualdade e liberdade
Permitir uso de texto de apoio durante a atividade.
Considerar o esforço, a atenção e a capacidade de interpretar com mediação.
 
MATERIAL:
Conjuração Baiana
1. A Conjuração Baiana (1798) é também conhecida como Revolta dos Búzios, nome dado em referência ao tipo de concha utilizada em religiões de matrizes africanas, que serviu como elemento de identificação dos seus integrantes. A Conjuração Baiana foi uma revolta de caráter separatista e popular, ocorrida na Bahia em 1798. Seus principais objetivos eram: o fim do pacto colonial com Portugal, a implantação da República, a liberdade comercial no mercado interno e externo, além da liberdade e igualdade entre as pessoas, sendo os participantes favoráveis à abolição da escravidão. A Conjuração Baiana, também chamada de Inconfidência Baiana, foi um movimento separatista que ocorreu na então Capitania da Bahia. Este movimento ficou igualmente conhecido como Revolta dos Alfaiates, pois a grande maioria dos seus membros exercia essa profissão. Diferentemente da Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, o movimento baiano possuía caráter popular, sendo composto, em sua maioria, por escravos, negros livres, mulatos, brancos pobres e mestiços que exerciam diferentes profissões, como alfaiates, sapateiros, pedreiros, entre outras ocupações.
2. Causas - Em 1763, a capital do Brasil foi transferida para o Rio de Janeiro. Com tal mudança, Salvador, antiga capital, sofreu com a diminuição dos recursos destinados à cidade. Além disso, o aumento das taxas de impostos e outras exigências pioraram radicalmente as condições de vida da população local. Com isso, a população de Salvador passou a sofrer com a falta de mantimentos, o que elevou o preço de produtos e alimentos fundamentais para a sobrevivência. A insatisfação popular aumentava cada vez mais. Além da crise econômica, o povo também se mostrava descontente com o governo de Portugal, e a ideia da independência do Brasil ganhava força. Eventos internacionais, como a independência dos Estados Unidos, a independência do Haiti e a Revolução Francesa, contribuíram para a disseminação dos ideais de liberdade e igualdade na capitania baiana, causando euforia em uma parcela da população de Salvador.
3. Desenvolvimento da Revolta - As ruas de Salvador foram tomadas pelos inconfidentes, que distribuíam folhetos informativos na tentativa de obter mais apoio popular e incitar a revolução. Esses panfletos traziam pequenos textos e palavras de ordem baseadas nos ideais que as autoridades portuguesas chamavam de "abomináveis princípios franceses".
4. Os principais líderes da Conjuração Baiana foram:
4.1 Os alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos Lira;
4.2 O médico Cipriano Barata, conhecido como o "médico dos pobres" e revolucionário atuante em várias revoluções;
4.3 Os soldados Lucas Dantas de Amorim Torres e Luiz Gonzaga das Virgens;
4.4 O farmacêutico João Ladislau de Figueiredo;
4.5 O professor Francisco Barreto.
5. O Fim da Conjuração Baiana - O governador da Bahia, D. Fernando José de Portugal e Castro, recebeu uma denúncia feita por Carlos Baltasar da Silveira, informando que os conspiradores estariam reunidos no Campo do Dique, no dia 25 de agosto. O coronel Teotônio de Souza foi encarregado pela Coroa portuguesa de flagrá-los. Muitas pessoas conseguiram fugir, mas 49 foram presas, entre elas três mulheres e nove escravos. A maioria dos detidos era composta por alfaiates, barbeiros, soldados e pequenos comerciantes. Os envolvidos de classes sociais mais baixas receberam condenações mais severas. Manuel Faustino, João de Deus do Nascimento, Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas foram executados e esquartejados. Suas partes corporais foram espalhadas pela cidade de Salvador com o objetivo de demonstrar autoridade e reprimir futuros movimentos de conspiração.
 
TÓPICOS
📌 1. O que foi a Conjuração Baiana
Também chamada de Revolta dos Búzios ou Revolta dos Alfaiates.
Aconteceu na Bahia, em 1798.
Foi um movimento separatista e popular, contra Portugal.
 
📌 2. Objetivos da Revolta
Fim do domínio colonial português.
Criação de uma república.
Liberdade comercial (dentro e fora do Brasil).
Liberdade e igualdade entre as pessoas.
Abolição da escravidão.
 
📌 3. Participantes
Escravos, negros livres, mulatos, mestiços e brancos pobres.
Profissionais como:
Alfaiates
Sapateiros
Soldados
Pedreiros
Barbeiros
Pequenos comerciantes
 
📌 4. Causas da Revolta
Mudança da capital para o Rio de Janeiro (1763): Salvador perdeu importância.
Alta nos impostos e crise econômica: Falta de alimentos e preços altos.
Influência de eventos internacionais:
Independência dos Estados Unidos
Revolução no Haiti
Revolução Francesa
 
📌 5. Como a revolta aconteceu
Revoltosos distribuíram panfletos com ideias de liberdade e igualdade.
A população foi estimulada a participar da revolta nas ruas de Salvador.
 
📌 6. Principais Líderes
João de Deus do Nascimento (alfaiate)
Manuel Faustino dos Santos Lira (alfaiate)
Cipriano Barata (médico)
Lucas Dantas e Luiz Gonzaga das Virgens (soldados)
João Ladislau de Figueiredo (farmacêutico)
Francisco Barreto (professor)
 
📌 7. Repressão e Fim da Revolta
Denúncia feita ao governador.
Prisão de 49 pessoas, incluindo escravos e mulheres.
Execução e esquartejamento de líderes: partes dos corpos foram espalhadas por Salvador como aviso.
Os pobres receberam penas mais severas que os mais ricos.

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