TEMA: Independência da América Espanhola
Nossa aula foi:
8ºA,quarta-feira,
21 de maio de 2025 .
EIXO TEMÁTICO
Os processos de independência nas Américas.
HABILIDADES
(GO-EF08HI11-A) Reconhecer e comparar o conceito de liberdade para os escravos do Haiti, para os Líderes das Conjurações Mineira e Baiana e para a elite política portuguesa e espanhola.
OBJETIVOS DE CONHECIMENTOS
Os caminhos até a independência do Brasil:
CONTEÚDO
Movimentos e revoltas no Brasil e América Espanhola no século XVIII
METODOLOGIA:
Os objetivos da aula são:
Compreender o processo de independência das colônias da América Espanhola.
Identificar os principais personagens históricos envolvidos, como Simón Bolívar e José de San Martín.
Analisar os fatores políticos, econômicos e sociais que influenciaram a independência.
Refletir sobre os limites da independência, especialmente em relação à dependência econômica e exclusão popular.
Estimular o protagonismo dos alunos por meio de uma metodologia ativa.
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de aula:
Apresentar o tema da aula com mapa da América Espanhola no início do século XIX.
Retomar com os alunos os conceitos de metrópole e colônia e a ideia de independência.
Metrópole: país europeu que dominava e explorava.
Colônia: território conquistado que obedecia e entregava riquezas para a metrópole.
Independência: processo em que a colônia luta para se libertar da metrópole e se tornar autônoma.
Organizar leitura coletiva e explicada do texto da Seduc GO (com projeção ou cópia física).
Grupo dos Revolucionários: Representarão líderes como Bolívar, San Martín e participantes das lutas de independência.
Grupo das Elites Locais e Monarquistas: Defenderão a permanência da influência europeia.
Grupo dos Observadores e Cronistas: Serão responsáveis por registrar e apresentar conclusões e perguntas após o debate (como repórteres ou historiadores).
Propor o Júri Simulado Temático:
Cada grupo apresenta seu ponto de vista, com base no conteúdo do texto.
Os revolucionários defendem a luta pela liberdade.
(Representando Simón Bolívar, José de San Martín, mestiços, escravos libertos, criollos insatisfeitos)
Críticas à dominação espanhola e ao sistema mercantilista.
Defesa da autonomia das colônias e da ideia de liberdade.
Valorização da participação popular e das lutas militares.
Citação de heróis da independência como Bolívar e San Martín.
Referência à inspiração iluminista e aos ideais de igualdade.
Destaque para os países que foram libertados e os resultados imediatos.
As elites locais argumentam sobre estabilidade,
economia e poder.
(Representando criollos conservadores, oligarquias e defensores da ordem)
Argumentos em defesa da manutenção da ordem social e política.
Preocupações com a economia: perda de apoio europeu, risco de instabilidade.
Justificativas para manter o controle do poder nas mãos das elites.
Defesa de uma independência "controlada", sem participação popular.
Críticas às revoltas como sendo desorganizadas ou perigosas.
Os observadores anotam e depois apresentam um
parecer crítico, destacando contradições, argumentos fortes e o resultado do
processo.
(Agindo como historiadores, jornalistas, cronistas críticos)
Registro dos principais argumentos de cada grupo.
Identificação de contradições (ex: elites querem independência, mas sem povo).
Destacar argumentos fortes (ex: a atuação de Bolívar foi decisiva).
Análise dos efeitos da independência: liberdade política, mas dependência econômica.
Reflexão sobre quem realmente se beneficiou com a independência.
No chão da sala ou em cartaz grande, marcar os
nomes dos países da América Espanhola.
Alunos se posicionam ou marcam com cartões os eventos históricos e os personagens ligados a cada país (ex: Bolívar → Colômbia, Venezuela; San Martín → Argentina, Chile, Peru; La Independencia Mexicana → México).
Material didático: Seduc GO, Goiás TEC 8º ano, Segundo Bimestre, Capítulo 2.
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA🎒
Avaliar a participação dos alunos nos debates e apresentações.
Verificar a compreensão histórica por meio de uma atividade escrita com questões abertas, como:
1. Quais foram os principais fatores que levaram à independência da América Espanhola?
→ Os principais fatores foram a exploração econômica das colônias pela Espanha, o desejo de autonomia dos criollos (descendentes de espanhóis nascidos na América), a influência das ideias iluministas e revoluções, como a Francesa, e a crise da Espanha provocada pelas guerras napoleônicas, especialmente com a queda do rei Fernando VII. Além disso, houve revoltas locais como a de Túpac Amaru II no Peru e a formação de juntas de governo nas colônias.
2. Quem foram Simón Bolívar e José de San Martín?
→ Simón Bolívar foi um líder político e militar nascido no atual território da Venezuela. Estudou na Europa, foi influenciado por ideias iluministas e liderou a independência de vários países: Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia e Panamá, formando a Grã-Colômbia.
→ José de San Martín foi um militar argentino que liderou importantes campanhas militares nos Andes, resultando na libertação de Chile e Peru. Ambos são considerados os principais libertadores da América Espanhola.
3. A independência trouxe liberdade total para os povos latino-americanos? Por quê?
→ Não, a independência não trouxe liberdade total. Apesar de conquistar a autonomia política em relação à Espanha, os novos países continuaram dependentes economicamente da Europa, especialmente da Inglaterra. Além disso, o poder político ficou concentrado nas elites locais, sem garantir participação popular ou igualdade social, o que acabou favorecendo, mais tarde, o surgimento de ditaduras e instabilidades políticas.
Analisar a clareza dos argumentos, a capacidade de trabalhar em grupo e a resolução crítica das questões apresentadas.
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA FLEXIBILIZADA🎒
Utilizar texto adaptado com frases curtas e imagens dos personagens históricos.
Propor atividade com frases incompletas e banco de palavras, como:
"Simón Bolívar lutou pela independência da __________."
"José de San Martín ajudou a libertar o __________."
Propor atividades com alternativas ilustradas, como:
Quem liderou a independência do México?
☐ Simón Bolívar ☐ José de San Martín ☐ Exército Mexicano ✔️
Permitir que realizem a atividade em dupla ou com apoio do professor, respeitando o tempo e o ritmo de cada um.
Valorizar o esforço de participação nas dramatizações ou mapa humano, mesmo que com auxílio.
MATERIAL:
Independência da América Espanhola
1. O termo “independência da América Espanhola” diz respeito ao processo de crescente ganho de autonomia das colônias espanholas em relação à metrópole europeia, ocorrido durante o início do século XIX.
2. As Primeiras Tentativas - Nas décadas finais do século XVIII, ocorreram as primeiras tentativas por parte das colônias em se libertar da Espanha. No Peru, por exemplo, se iniciaria uma grande revolta liderada pelo indígena conhecido como Túpac Amaru II contra a exploração brutal ocorrida nas minas. Eventualmente, a rebelião foi sufocada, mas isso não impediu a continuação da crise colonial nas Américas, motivada pela relação desigual que caracterizava a política mercantilista colonial. Ao final do século, porém, a ascensão do general Napoleão Bonaparte ao poder modificou todo o panorama político com o início de suas investidas militares para expandir o poder francês na Europa. Após a invasão da Espanha e a deposição do rei da Casa Bourbon, Fernando VII, criaram-se as chamadas juntas nas colônias para se resistir a qualquer possível iniciativa francesa nas Américas. Entretanto, os descendentes de espanhóis nascidos no continente americano (conhecidos como criollos) aproveitaram a oportunidade para enfraquecer algumas medidas mercantilistas.
3. Os Libertadores da América Espanhola - Com a derrota definitiva de Napoleão Bonaparte em 1815 e à restituição do poder das monarquias absolutistas, a Espanha tentou controlar novamente suas colônias nas Américas. Embora tenha conseguido sucesso inicialmente com vitórias contra movimentos menores nas cidades de Bogotá e Caracas, a eventual reunião de massivo apoio popular por parte de líderes político-militares como Simón Bolívar e José de San Martin gerou um forte processo que, em poucas décadas, levaria à libertação de todas as colônias espanholas nas Américas.
3.1 Simón Bolívar nasceu em 24 de julho de 1783, no então vice-reino de Nova Granada, em uma família nobre de origem espanhola. Após estudar na Europa e ser influenciado pelos pensamentos revolucionários de origem iluminista, retornou ao país natal e juntou-se à luta contra a dominação colonial da Espanha, onde rapidamente assumiria um papel de liderança. Em 1811, um movimento de mestiços e escravos libertos com o apoio essencial da Inglaterra conseguiria a independência da Venezuela. Nos anos seguintes, também seriam libertados os territórios equivalentes aos atuais países de Bolívia, Colômbia, Equador e Panamá, que criaram uma união política nomeada de Grã-Colômbia. Ela duraria até 1829.
3.2 José de San Martin nasceu em 25 de fevereiro de 1778, no então vice-reino da Prata, também em uma família de origem espanhola. Quando ele ainda era uma criança, sua família retornou à Espanha, onde José iniciou sua educação militar. Poucos anos depois da deposição de Fernando VII, ele retornou às Américas, onde se uniu à resistência do vice-reino do Peru contra os franceses. Ali, ele se distinguiu como líder militar, estando depois à frente de uma campanha nos Andes que levaria à libertação do Chile em 1817, seguido em pouco tempo pelo Peru.
4. Independência do México - O México, especificamente, não dependeu de nenhum destes dois homens para alcançar a sua independência, que foi feita pelo próprio exército no início da década de 1820.
5. Dependência Econômica - De qualquer forma, as ambições de uma América unida não foram realizadas; logo nos anos seguintes, conflitos entre oligarquias locais fragmentaram toda a Grã-Colômbia. Além disso, o apoio da Inglaterra à independência da América espanhola local não fora desinteressado, uma vez que esse país já via o potencial do grande mercado consumidor que o fim do pacto colonial poderia trazer. Por consequência, mesmo composta agora de países independentes, a América espanhola ainda estaria unida economicamente à Europa pelas décadas que se seguiriam, continuando a ser importadora de industrializados e exportadora de matérias-primas. Politicamente, os governos dos países independentes se apressaram a excluir qualquer participação popular maior, ficando retido às elites sociais. Esse processo abriria caminho para o surgimento, mais tarde, das ditaduras latino-americanas.
TÓPICOS
✅ 1. O que foi a Independência da América Espanhola?
Processo
de separação das colônias da Espanha.
Ocorreu no início do século XIX.
Influenciado por ideias iluministas e revoluções anteriores.
✅ 2. Primeiras tentativas de independência
Revoltas
no final do século XVIII.
Túpac Amaru II liderou revolta no Peru contra a exploração nas minas.
Invasão da Espanha por Napoleão Bonaparte enfraqueceu o poder da metrópole.
Criação de juntas de governo nas colônias.
Criollos aproveitaram para contestar o sistema colonial.
✅ 3. Líderes da independência (Libertadores da
América)
🌟 Simón Bolívar
Nasceu em
1783, no vice-reino de Nova Granada.
Inspirado pelo Iluminismo.
Libertou: Venezuela, Bolívia, Colômbia, Equador e Panamá.
Criou a Grã-Colômbia (união temporária desses países).
🌟 José de San Martín
Nasceu em
1778, no vice-reino do Prata.
Formado militarmente na Espanha.
Libertou: Chile (1817) e Peru.
Liderou a Campanha dos Andes.
✅ 4. Independência do México
Ocorreu
no início da década de 1820.
Foi feita pelo próprio exército mexicano, sem Bolívar ou San Martín.
✅ 5. Consequências da independência
Sonho de
América unida não se concretizou (Grã-Colômbia durou pouco).
Inglaterra apoiou a independência por interesses econômicos.
Novos países ficaram economicamente dependentes da Europa.
Exclusão popular: os governos foram controlados pelas elites.
Cenário facilitou o surgimento de ditaduras latino-americanas.
Nossa aula foi:
8ºA,
Os processos de independência nas Américas.
(GO-EF08HI11-A) Reconhecer e comparar o conceito de liberdade para os escravos do Haiti, para os Líderes das Conjurações Mineira e Baiana e para a elite política portuguesa e espanhola.
Os caminhos até a independência do Brasil:
Movimentos e revoltas no Brasil e América Espanhola no século XVIII
Os objetivos da aula são:
Compreender o processo de independência das colônias da América Espanhola.
Identificar os principais personagens históricos envolvidos, como Simón Bolívar e José de San Martín.
Analisar os fatores políticos, econômicos e sociais que influenciaram a independência.
Refletir sobre os limites da independência, especialmente em relação à dependência econômica e exclusão popular.
Estimular o protagonismo dos alunos por meio de uma metodologia ativa.
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de aula:
Apresentar o tema da aula com mapa da América Espanhola no início do século XIX.
Retomar com os alunos os conceitos de metrópole e colônia e a ideia de independência.
Metrópole: país europeu que dominava e explorava.
Colônia: território conquistado que obedecia e entregava riquezas para a metrópole.
Independência: processo em que a colônia luta para se libertar da metrópole e se tornar autônoma.
Organizar leitura coletiva e explicada do texto da Seduc GO (com projeção ou cópia física).
Grupo dos Revolucionários: Representarão líderes como Bolívar, San Martín e participantes das lutas de independência.
Grupo das Elites Locais e Monarquistas: Defenderão a permanência da influência europeia.
Grupo dos Observadores e Cronistas: Serão responsáveis por registrar e apresentar conclusões e perguntas após o debate (como repórteres ou historiadores).
Propor o Júri Simulado Temático:
Cada grupo apresenta seu ponto de vista, com base no conteúdo do texto.
Os revolucionários defendem a luta pela liberdade.
(Representando Simón Bolívar, José de San Martín, mestiços, escravos libertos, criollos insatisfeitos)
Críticas à dominação espanhola e ao sistema mercantilista.
Defesa da autonomia das colônias e da ideia de liberdade.
Valorização da participação popular e das lutas militares.
Citação de heróis da independência como Bolívar e San Martín.
Referência à inspiração iluminista e aos ideais de igualdade.
Destaque para os países que foram libertados e os resultados imediatos.
(Representando criollos conservadores, oligarquias e defensores da ordem)
Argumentos em defesa da manutenção da ordem social e política.
Preocupações com a economia: perda de apoio europeu, risco de instabilidade.
Justificativas para manter o controle do poder nas mãos das elites.
Defesa de uma independência "controlada", sem participação popular.
Críticas às revoltas como sendo desorganizadas ou perigosas.
(Agindo como historiadores, jornalistas, cronistas críticos)
Registro dos principais argumentos de cada grupo.
Identificação de contradições (ex: elites querem independência, mas sem povo).
Destacar argumentos fortes (ex: a atuação de Bolívar foi decisiva).
Análise dos efeitos da independência: liberdade política, mas dependência econômica.
Reflexão sobre quem realmente se beneficiou com a independência.
Alunos se posicionam ou marcam com cartões os eventos históricos e os personagens ligados a cada país (ex: Bolívar → Colômbia, Venezuela; San Martín → Argentina, Chile, Peru; La Independencia Mexicana → México).
Material didático: Seduc GO, Goiás TEC 8º ano, Segundo Bimestre, Capítulo 2.
Avaliar a participação dos alunos nos debates e apresentações.
Verificar a compreensão histórica por meio de uma atividade escrita com questões abertas, como:
1. Quais foram os principais fatores que levaram à independência da América Espanhola?
→ Os principais fatores foram a exploração econômica das colônias pela Espanha, o desejo de autonomia dos criollos (descendentes de espanhóis nascidos na América), a influência das ideias iluministas e revoluções, como a Francesa, e a crise da Espanha provocada pelas guerras napoleônicas, especialmente com a queda do rei Fernando VII. Além disso, houve revoltas locais como a de Túpac Amaru II no Peru e a formação de juntas de governo nas colônias.
2. Quem foram Simón Bolívar e José de San Martín?
→ Simón Bolívar foi um líder político e militar nascido no atual território da Venezuela. Estudou na Europa, foi influenciado por ideias iluministas e liderou a independência de vários países: Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia e Panamá, formando a Grã-Colômbia.
→ José de San Martín foi um militar argentino que liderou importantes campanhas militares nos Andes, resultando na libertação de Chile e Peru. Ambos são considerados os principais libertadores da América Espanhola.
3. A independência trouxe liberdade total para os povos latino-americanos? Por quê?
→ Não, a independência não trouxe liberdade total. Apesar de conquistar a autonomia política em relação à Espanha, os novos países continuaram dependentes economicamente da Europa, especialmente da Inglaterra. Além disso, o poder político ficou concentrado nas elites locais, sem garantir participação popular ou igualdade social, o que acabou favorecendo, mais tarde, o surgimento de ditaduras e instabilidades políticas.
Analisar a clareza dos argumentos, a capacidade de trabalhar em grupo e a resolução crítica das questões apresentadas.
Utilizar texto adaptado com frases curtas e imagens dos personagens históricos.
Propor atividade com frases incompletas e banco de palavras, como:
"Simón Bolívar lutou pela independência da __________."
"José de San Martín ajudou a libertar o __________."
Propor atividades com alternativas ilustradas, como:
Quem liderou a independência do México?
☐ Simón Bolívar ☐ José de San Martín ☐ Exército Mexicano ✔️
Permitir que realizem a atividade em dupla ou com apoio do professor, respeitando o tempo e o ritmo de cada um.
Valorizar o esforço de participação nas dramatizações ou mapa humano, mesmo que com auxílio.
Independência da América Espanhola
1. O termo “independência da América Espanhola” diz respeito ao processo de crescente ganho de autonomia das colônias espanholas em relação à metrópole europeia, ocorrido durante o início do século XIX.
2. As Primeiras Tentativas - Nas décadas finais do século XVIII, ocorreram as primeiras tentativas por parte das colônias em se libertar da Espanha. No Peru, por exemplo, se iniciaria uma grande revolta liderada pelo indígena conhecido como Túpac Amaru II contra a exploração brutal ocorrida nas minas. Eventualmente, a rebelião foi sufocada, mas isso não impediu a continuação da crise colonial nas Américas, motivada pela relação desigual que caracterizava a política mercantilista colonial. Ao final do século, porém, a ascensão do general Napoleão Bonaparte ao poder modificou todo o panorama político com o início de suas investidas militares para expandir o poder francês na Europa. Após a invasão da Espanha e a deposição do rei da Casa Bourbon, Fernando VII, criaram-se as chamadas juntas nas colônias para se resistir a qualquer possível iniciativa francesa nas Américas. Entretanto, os descendentes de espanhóis nascidos no continente americano (conhecidos como criollos) aproveitaram a oportunidade para enfraquecer algumas medidas mercantilistas.
3. Os Libertadores da América Espanhola - Com a derrota definitiva de Napoleão Bonaparte em 1815 e à restituição do poder das monarquias absolutistas, a Espanha tentou controlar novamente suas colônias nas Américas. Embora tenha conseguido sucesso inicialmente com vitórias contra movimentos menores nas cidades de Bogotá e Caracas, a eventual reunião de massivo apoio popular por parte de líderes político-militares como Simón Bolívar e José de San Martin gerou um forte processo que, em poucas décadas, levaria à libertação de todas as colônias espanholas nas Américas.
3.1 Simón Bolívar nasceu em 24 de julho de 1783, no então vice-reino de Nova Granada, em uma família nobre de origem espanhola. Após estudar na Europa e ser influenciado pelos pensamentos revolucionários de origem iluminista, retornou ao país natal e juntou-se à luta contra a dominação colonial da Espanha, onde rapidamente assumiria um papel de liderança. Em 1811, um movimento de mestiços e escravos libertos com o apoio essencial da Inglaterra conseguiria a independência da Venezuela. Nos anos seguintes, também seriam libertados os territórios equivalentes aos atuais países de Bolívia, Colômbia, Equador e Panamá, que criaram uma união política nomeada de Grã-Colômbia. Ela duraria até 1829.
3.2 José de San Martin nasceu em 25 de fevereiro de 1778, no então vice-reino da Prata, também em uma família de origem espanhola. Quando ele ainda era uma criança, sua família retornou à Espanha, onde José iniciou sua educação militar. Poucos anos depois da deposição de Fernando VII, ele retornou às Américas, onde se uniu à resistência do vice-reino do Peru contra os franceses. Ali, ele se distinguiu como líder militar, estando depois à frente de uma campanha nos Andes que levaria à libertação do Chile em 1817, seguido em pouco tempo pelo Peru.
4. Independência do México - O México, especificamente, não dependeu de nenhum destes dois homens para alcançar a sua independência, que foi feita pelo próprio exército no início da década de 1820.
5. Dependência Econômica - De qualquer forma, as ambições de uma América unida não foram realizadas; logo nos anos seguintes, conflitos entre oligarquias locais fragmentaram toda a Grã-Colômbia. Além disso, o apoio da Inglaterra à independência da América espanhola local não fora desinteressado, uma vez que esse país já via o potencial do grande mercado consumidor que o fim do pacto colonial poderia trazer. Por consequência, mesmo composta agora de países independentes, a América espanhola ainda estaria unida economicamente à Europa pelas décadas que se seguiriam, continuando a ser importadora de industrializados e exportadora de matérias-primas. Politicamente, os governos dos países independentes se apressaram a excluir qualquer participação popular maior, ficando retido às elites sociais. Esse processo abriria caminho para o surgimento, mais tarde, das ditaduras latino-americanas.
✅ 1. O que foi a Independência da América Espanhola?
Ocorreu no início do século XIX.
Influenciado por ideias iluministas e revoluções anteriores.
Túpac Amaru II liderou revolta no Peru contra a exploração nas minas.
Invasão da Espanha por Napoleão Bonaparte enfraqueceu o poder da metrópole.
Criação de juntas de governo nas colônias.
Criollos aproveitaram para contestar o sistema colonial.
Inspirado pelo Iluminismo.
Libertou: Venezuela, Bolívia, Colômbia, Equador e Panamá.
Criou a Grã-Colômbia (união temporária desses países).
🌟 José de San Martín
Formado militarmente na Espanha.
Libertou: Chile (1817) e Peru.
Liderou a Campanha dos Andes.
Foi feita pelo próprio exército mexicano, sem Bolívar ou San Martín.
Inglaterra apoiou a independência por interesses econômicos.
Novos países ficaram economicamente dependentes da Europa.
Exclusão popular: os governos foram controlados pelas elites.
Cenário facilitou o surgimento de ditaduras latino-americanas.
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